sexta-feira, 5 de abril de 2013

Poema


Anjos do céu 


As ondas são anjos que dormem no mar,
Que tremem, palpitam, banhados de luz…
São anjos que dormem, a rir e sonhar
E em leito d’escuma revolvem-se nus!
E quando de noite vem pálida a lua
Seus raios incertos tremer, pratear,
E a trança luzente da nuvem flutua,
As ondas são anjos que dormem no mar!
Que dormem, que sonham- e o vento dos céus
Vem tépido à noite nos seios beijar!
São meigos anjinhos, são filhos de Deus,
Que ao fresco se embalam do seio do mar!
E quando nas águas os ventos suspiram,
São puros fervores de ventos e mar:
São beijos que queimam… e as noites deliram,
E os pobres anjinhos estão a chorar!
Ai! quando tu sentes dos mares na flor
Os ventos e vagas gemer, palpitar,
Por que não consentes, num beijo de amor
Que eu diga-te os sonhos dos anjos do mar?

quarta-feira, 3 de abril de 2013

A natureza brasileira na visão romântica


I
Amo o vento da noite sussurrante
A tremer nos pinheiros
E a cantiga do pobre caminhante
No rancho dos tropeiros;
E os monótonos sons de uma viola
No tardio verão,
E a estrada que além se desenrola
No véu da escuridão;
A restinga d’areia onde rebenta
O oceano a bramir,
Onde a lua na praia macilenta
Vem pálida luzir;
E a névoa e flores e o doce ar cheiroso
Do amanhecer na serra,
E o céu azul e o manto nebuloso
Do céu de minha terra;
E o longo vale de florinhas cheio
E a névoa que desceu,
Como véu de donzela em branco seio,
As estrelas do céu.
II
Não é mais bela, não, a argêntea praia
Que beija o mar do sul,
Onde eterno perfume a flor desmaia
E o céu é sempre azul;
Onde os serros fantásticos roxeiam
Nas tardes de verão
E os suspiros nos lábios incendeiam
E pulsa o coração!
Sonho da vida que doirou e azula
A fada dos amores,
Onde a mangueira ao vento que tremula
Sacode as brancas flores...
E é saudoso viver nessa dormência
Do lânguido sentir,
Nos enganos suaves da existência
Sentindo-se dormir...
Mais formosa não é, não doire embora
O verão tropical
Com seus rubores... a alvacenta aurora
Da montanha natal...
Nem tão doirada se levante a lua
Pela noite do céu,
Mas venha triste, pensativa e nua
Do prateado véu...
Que me importa? se as tardes purpurinas
E as auroras dali
Não deram luz às diáfanas cortinas
Do leito onde eu nasci?
Se adormeço tranqüilo no teu seio
E perfuma-se a flor,
Que Deus abriu no peito do poeta,
Gotejante de amor?
Minha terra sombria, és sempre bela,
Inda pálida a vida
Como o sono inocente da donzela
No deserto dormida!
No italiano céu nem mais suaves
São da noite os amores,
Não tem mais fogo o cântico das aves
Nem o vale mais flores!
III
Quando o gênio da noite vaporosa
Pela encosta bravia
Na laranjeira em flor toda orvalhosa
De aroma se inebria...
No luar junto à sombra recendente
De um arvoredo em flor,
Que saudades e amor que influi na mente
Da montanha o frescor!
E quando, à noite no luar saudoso
Minha pálida amante
Ergue seus olhos úmidos de gozo
E o lábio palpitante...
Cheia da argêntea luz do firmamento,
Orando por seu Deus,
Então... eu curvo a fronte ao sentimento
Sobre os joelhos seus...
E quando sua voz entre harmonias
Sufoca-se de amor
E dobra a fronte bela de magias
Como pálida flor...
E a alma pura nos seus olhos brilha
Em desmaiado véu,
Como de um anjo na cheirosa trilha
Respiro o amor do céu!
Melhor a viração uma por uma
Vem as folhas tremer,
E a floresta saudosa se perfuma
Da noite no morrer...
E eu amo as flores e o doce ar mimoso
Do amanhecer da serra
E o céu azul e o manto nebuloso
Do céu da minha terra!

Minha Dália

Outrora sonhei que o amor viria e me colocaria para cima
Ela pareceu vestida em todo o meu ser
Esticada através de minha vergonha

Agora parece que a vida já passou, hoje estou sozinho
Parece que será sempre a mesma coisa
Eu não sei o que fazer
Quando ela me entristece
não há ninguém para me confortar

Ela é tudo e mais um pouco
Minha Dália coberta de possessão
Quando eu fecho meus olhos, eu ouço suas asas de veludos e choro,
Eu estou esperando de braços abertos
Ela é meu lar

Oh, Eu quero ser amado
Eu necessito ser amado.
Ela é tudo para mim
O sonho não correspondido
Uma canção que ninguém canta
O inatingível

sozinho, ninguém se importa
Rasgado em pedaços
Leve-me agora, em seus braços
Permita que eu descanse em paz, livre dos ferimentos.



                                                                                               -Gabriel Lopes

Poema


"O meu grande amor
 Aquela mulher é uma flor,
 Teu abraço é envolvente
 Teu sorriso encantador

Minha bela virgem amada,
Futura namorada
Minha deusa idealizada
Te espero
Deitado na igreja ou na praça

Posso te esperar no céu
Meu anjo da pele branca,
Olhos lindos, cor de mel."

Matheus Rocha

terça-feira, 2 de abril de 2013

Poema

"Deixa-me te olhar
quando tudo em mim estiver escuro
que eu irei buscar a luz para te dar

Deixe-me te abraçar somente uma vez
Para que assim eu possa me sentir seu
Deixe-me sentir teu calor do teu corpo
para que eu enxergue a luz

mesmo que nesse lugar esteja nublado
Deixe-me dizer que tu és minha estrela
Deixe-me ser tua lua,
mesmo que só por um segundo

Deixe-me falar o que sinto sem dizer ao menos uma palavra.
basta olhar para meus olhos
Deixe-me te amar e nunca me deixe...
Deixe-me viver."


Abraão Abel

Poema

Vou te esperar.

"De olhos abertosVejo a vida lá foraEssa solidão que maltratava meu coraçãoE mata nossa paixão.

Vou te esperarAté meu coração aguentarEm um simples momento de amorNossos olhos se cruzarão

E tudo se encontraráPétalas de  rosas cairão
Aumentando a dor de não poder te encontrar."

Matheus Guabiraba

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Poema


"Vimos a lua brilhante 
ao anoitecer, 
Brilhando como diamante, 
como a luz  do amanhecer.

Vimos o sol nascer, 
 Em cada dia que viremos viver, 
o sentimento que vai tomar o corpo 
no nosso crescer.

Vimos a lua se esconder, 
E o sol  que vem aparecer. 
A luz que vem chegando, 
destruindo o sono 
de quem estava sonhando.

Vimos a luz e a escuridão
se enfrentar, 
E um novo dia 
Aparecer.

Vimos o sol se pôr, 
no dia em que já acabou 
onde todos dormem 
se lembrando do sol 
que já se foi.

Na esperança 
que um dia 
o sol voltará a brilhar 
no lugar do luar."


João Paulo Gonçalves de Sá